DEGUSTAÇÃO
Há muito tempo não rabiscava nada. Nada de bom escrevia, senão meu nome ou anotações sem doçuras. Falo doçuras porque quando saboreio um poema me lambuzo todo com seus versos, sobretudo quando suas estrofes trazem em oculto a sabedoria do criador onipotente. Aí eu perco a vergonha e como mais algumas páginas dos versos, claro que tomo simultaneamente uma doze de reflexão sobre tal prato, principalmente sobre sua reação após a degustação.
Contudo, quando se trata de uma doçura como a vida, aí penso: Será que ainda se tem respeito por essa delícia! Idem, faço a mesma reflexão sobre o amor, sem perder é claro, o bom humor e a sensibilidade de ainda compreendê-los como os melhores doces a serem incessantemente degustados.
Por Ramair L. Amaral
(Ramas)
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