Crianças vêm queimadas e com osso quebrado, diz diretor de hospital em Gaza
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outubro 24, 2023
"A maioria das crianças sobreviventes vem com queimaduras, cortes na cabeça e ossos quebrados nas extremidades. Tudo junto em um mesmo paciente. Com as bombas, as paredes desabam sobre bebês e os outros civis que estão amontoados."
De acordo com o Ahmad Muhanna, que dirige o hospital Al Awda, em Jabalia, um dos refúgios para palestinos feridos pelos bombardeios no Norte da Faixa de Gaza, a maioria dos casos graves é de crianças (ironicamente, a instituição também é uma maternidade, que continua realizando partos) e mulheres civis.
Como esses grupos vêm com ferimentos em todo o corpo, precisam de cirurgias e um longo de tempo de internação. Tempo que está ficando curto pela faltacurto pela falta de combustível
Ao conversar com esta coluna, na tarde desta terça (24), ele apelou à comunidade internacional para garantir o fornecimento de combustível para abastecer os geradores do seu hospital. Os caminhões com ajuda humanitária que autorizados de entrar pela fronteira com o Egito estão proibidos por Israel de levar o produto.
"Tenho dois geradores enormes que trabalham alternadamente, cada um 12 horas. Quando a eletricidade foi cortada, há 17 dias, na Faixa de Gaza, eu tinha 12 mil litros no depósito estratégico de combustível para os geradores. Hoje, tenho apenas 3 mil. Então, o que sobrou é suficiente para no máximo 3 ou 4 dias. Depois disso, vamos entrar em colapso e parar as atividades
"Apelei hoje à OMS [Organização Mundial de Saúde] para garantir o fornecimento de combustível e liguei para o Ministério da Saúde [de Gaza] para nos ajudar. Mas ninguém pode me fornecer combustível. No geral, ninguém tem para fornecer em Gaza. Está vazio em todos os lugares."
As Nações Unidas solicitaram que combustíveis fossem autorizados a entrar em Gaza. Em resposta, o Exército de Isr
ael postou, no X/Twitter, para que isso fosse solicitado ao Hamas, responsável pelo ataque terrorista que deixou mais de 1400 mortos em seu território.
Em Gaza, o saldo atual é de 5,8 mil mortos desde o início dos bombardeios e do cerco de Israel, segundo o serviço local de saúde, dos quais, 2,36 mil são crianças
fonte: uol
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