Por que a direita convencional sucumbe ao radicalismo.

O suporte desempenhou um papel crucial na conquista eleitoral de Javier Milei, representante da vertente política mais à direita na Argentina. Nos Estados Unidos, tanto Donald Trump quanto, no Brasil, Jair Bolsonaro, estabeleceram parcerias com partidos afiliados a essa corrente política.
Javier Milei frequentemente utiliza o termo "casta política" de maneira crítica ao se referir aos políticos tradicionais. No entanto, paradoxalmente, sua aliança estratégica com membros proeminentes desse grupo desempenhou um papel crucial em sua notável vitória eleitoral no último domingo (19). O deputado de orientação política extrema direita conseguiu superar o peronista Sergio Massa, consolidando-se como o novo presidente da Argentina. A reviravolta surpreendente na trajetória política de Milei foi impulsionada pelo apoio significativo que recebeu de figuras proeminentes da direita tradicional durante o segundo turno. Personalidades como a ex-candidata Patricia Bullrich e o ex-presidente Mauricio Macri uniram forças ao redor do político controverso, resultando em uma expressiva contagem de votos de 14,5 milhões. Esse número representa um aumento notável de 6,6 milhões de votos em comparação com o primeiro turno, que ocorreu em outubro. Milei está programado para assumir oficialmente a presidência em 10 de dezembro, marcando uma mudança significativa no cenário político argentino. O fenômeno político em torno de Milei, que inicialmente criticava veementemente a "casta política", agora evidencia uma dinâmica complexa e, em certo sentido, contraditória. Sua habilidade em atrair o apoio de líderes tradicionais de direita levanta questões sobre as transformações em curso na política argentina, destacando a fluidez das alianças e as estratégias pragmáticas adotadas por diferentes setores políticos.

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