A Procuradoria-Geral investiga mais de 60 membros das forças policiais de 16 municípios da Bahia devido a possíveis vínculos com grupos de milícia.

Em um período um pouco superior a três anos, o Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público da Bahia (MP-BA) direcionou suas investigações para 67 membros das forças policiais. Esses indivíduos foram identificados em operações por seu envolvimento com milícias ou grupos de extermínio. De acordo com a análise realizada pelo O Globo em colaboração com o MP-BA, as organizações criminosas formadas por agentes de segurança estendem-se por 16 localidades, abrangendo desde municípios significativos até pequenas comunidades em áreas rurais, ao longo de todo o espectro geográfico do estado, do Norte ao Sul, do interior à Região Metropolitana de Salvador. As cidades afetadas incluem Acajutiba, Água Fria, Barreiras, Camaçari, Cansanção, Feira de Santana, Inahmpube, Itabuna, Juazeiro, Lamarão, Paulo Afonso, Piatã, Santaluz, Santa Maria da Vitória, Santo Estevão e Valente. A situação é preocupante. Segundo as investigações, o número de policiais acusados de pertencer a milícias teve um aumento expressivo em 2023, com 23 agentes sendo alvos de sete operações distintas, superando a soma dos dois anos precedentes. Este crescimento alarmante coincide com o aumento significativo de mortes ocorridas em operações da polícia baiana nos últimos anos. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública confirmam que, de 2019 a 2022, os homicídios resultantes de ações policiais na Bahia aumentaram de 773 para 1.464.
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