Discussão sobre suposta agressão de professores fecha o tempo na Assembleia


O tempo fechou na Assembleia Legislativa na tarde de terça-feira (29) tendo como pano de fundo a greve dos professores. Na abertura da sessão, o presidente da Casa, Marcelo Nilo (PDT), avisou que iria investigar a denúncia de que alguns dos professores que permanecem acampados no local estariam agredindo física e verbalmente alguns parlamentares. “Estou checando. Se for confirmado, vou pedir desculpa ao povo da Bahia, mas mando desocupar a Assembleia. Não admito agressões”. Os deputados oposicionistas Elmar Nascimento  (PR), Carlos Geilson (PTN) e Targino Machado (PTN),  insinuaram que o líder do governo Zé Neto (PT),  seria o alvo dos professores, mas não teria coragem de assumir isso. O líder do governo foi chamado por Targino Machado  de “traidor” e que não deveria chegar perto dos professores “até por uma questão de higiene pessoal”. Os termos revoltaram a bancada governista.
A liderança do governo na Assembleia Legislativa deve passar por mudanças nos próximos dias. O deputado Zé Neto (PT) vai confirmar sua saída do comando da bancada, função segurada por ele em uma das fases mais “complexas” para o governo, que tem enfrentado embates fortes principalmente com os servidores estaduais. O petista entregará o cargo para se dedicar à pré-campanha à corrida municipal em Feira de Santana, para o que o próprio governador Jaques Wagner (PT) já deu o aval. A expectativa é de que a convenção do PT  em Feira ocorra entre os dias 29 e 30 de junho. Nos bastidores da AL, é certo que a grande dificuldade no momento é encontrar o substituto de Neto, mas há quem diga que o deputado Gildásio Penedo (PSD) estaria se habilitando ao cargo, com “posicionamento firme e equilibrado” frente às questões do governo na Casa, além da experiência parlamentar comprovada, o que pode deixar os petistas enciumados. 

(Política Livre)

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