Moradores protestam por falta de estrutura em Itabuna


Após negociação com policiais militares, os manifestantes liberaram parte da via
Cerca de 100 moradores do Bairro Santa Inês, periferia de Itabuna no sul da Bahia (a 433 km de Salvador) bloquearam no início da manhã desta segunda-feira, 18, a Rua de Mutuns em protesto por falta de estrutura no bairro.
No local, os manifestantes atearam fogos em pneus e troncos de arvores, impedindo a passagem de veículos. “Queremos rede de esgoto e asfaltamento no bairro. Aqui vivemos praticamente dentro do esgoto por falta de saneamento”, reclama Ari Soares, 60 anos, morador do bairro.
Para Raimindo Alves, 41, integrante do Conselho Municipal de Saúde, o Programa de Saúde Familiar (PSF) não atende toda a comunidade. “Falta médico e a estrutura do posto está precária, não atendendo todos os moradores do bairro”, diz ele, acrescentando também que falta material para tratamento odontológico e o próprio dentista quem fornece.

“Se não for resolvida nosso problemas a comunidade vai protestar enfrente a prefeitura”, informa o vigilante Gilvan Junior, 31, um dos lideres da manifestação.

Falta recursos - Segundo Marcos Alan Ribeiro, diretor do Departamento de Projetos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, a prefeitura tem projetos de melhorias na comunidade, mas não existem recursos para realização das obras.

Alessandra Lopes, diretora da atenção básica da Secretaria de Saúde do município, disse que existe um estudo onde detectou uma sobrecarga no PSF do bairro. Segundo ela no bairro moram 6.803 pessoas quando o ideal de atendimento é de no máximo de 3.500 pessoas para cada equipe de saúde.“A prefeitura vai colocar mais uma equipe e antes disso precisa ampliar a estrutura física do posto”, informa.

O secretário de saúde Geraldo Magela disse que esta sendo feita uma licitação para ampliação do posto e rebate a informação de falta de material odontológico. “Desconhece a falta de material de material já que foram feitas licitações para compra de insumos”, diz.

Policia militares acompanharam a manifestação e chegaram a negociar com os manifestantes a liberação da via. O Corpo de Bombeiros chegou logo em seguida para apagar o fogo.


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