
Morreu na tarde desta terça-feira (22), às 18h, no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo, o cantor, compositor e sanfoneiro Dominguinhos, devido a complicações infecciosas e cardíacas. Ele lutava há seis anos contra um câncer pulmonar e estava internado desde o dia 13 de janeiro. José Domingos de Moraes, seu nome verdadeiro, era um dos maiores ícones do baião, propagando o legado deixado pelo seu mestre, Luiz Gonzaga.
Nascido em 12 de fevereiro de 1941 em Garanhuns, Dominguinhos conheceu o Gonzagão aos 9 anos, o rei do baião se impressionou com o talento do menino e ajudou a lança-lo no mundo da música. Exímio sanfoneiro, o pernambucano teve, durante sua trajetória, influências de baião, bossa nova, choro, forró, xote e jazz.
Com mais de 40 discos lançados e 50 anos de carreira, Dominguinhos colecionou muitos prêmios, entre eles o Prêmio da Música Brasileira, conquistado em 2008, e o Prêmio Shell de Música, em 2010, com as composições De Volta pro Aconchego,Gostoso Demais e Tenho Sede, sendo que as duas primeiras são resultado de parceria com o também pernambucano Nando Cordel. Ele foi vencedor também do Grammy Latino com o CD Chegando de Mansinho. Um de seus grandes sucessos - Eu Só Quero um Xodó -, de 1973, teve 250 regravações em vários idiomas entre eles o inglês, holandês e italiano.
Jornal do Brasil
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