Presidente do Senado disse a auxiliares e senadores que não aceleraria o rito. Para aliados, o prazo de 24 dias pode ser encurtado em pelo menos uma semana
Presidente do Senado disse a auxiliares e senadores
que não aceleraria o rito. Para aliados, o prazo de 24 dias pode ser encurtado
em pelo menos uma semana
Com Dilma: Renan Calheiros
(PMDB-AL), presidente do Senado, ainda defende o governo petista(Marcelo Camargo/VEJA)
De olho na sobrevivência política, o presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL), não deve barrar a tramitação do pedido de impeachment na
Casa diante da expressiva votação contra Dilma Rousseff na Câmara. Aliados de
Renan afirmam que, com o ampliado placar desfavorável dos deputados à
presidente, fica reduzida sua margem de atuação em favor de um prazo maior para
a decisão do afastamento de Dilma.
Na semana passada, Renan disse a auxiliares e senadores que não
aceleraria o rito. Sua assessoria já fez simulações que indicam que a votação
sobre o afastamento só ocorreria em 11 de maio - a definição do rito deve ser
definida nesta terça-feira em reunião de líderes. Em duas reuniões, chegou a
dizer que não "mancharia" sua biografia imprimindo novo rito.
Mas, para aliados, esse prazo de 24 dias pode ser encurtado em pelo
menos uma semana para reduzir pressão das ruas e incertezas políticas. Uma pessoa
próxima avalia que ele não cometeria "suicídio político" de ficar
contra a maré. A decisão terá de ser tomada por maioria simples dos 81
senadores.
Pela última atualização do Placar do Impeachment de O Estado de S. Paulo, já há votos
suficientes entre senadores para tanto: 44 a favor, 21 contra, 6 não quiseram
responder e 10 indecisos.
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