Maceió declara situação de emergência devido ao perigo iminente de colapso em mina.
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dezembro 04, 2023
Vários bairros da capital alagoana correm risco de afundamento de solo
Defesa Civil da cidade informou que os últimos tremores se intensificaram e houve um agravamento do quadro na região já desocupada
A administração municipal de Maceió (AL) anunciou um estado de emergência com duração de 180 dias devido à iminente ameaça de colapso em uma mina de extração de sal-gema operada pela Braskem. Esta situação representa um risco significativo de afundamento do solo em diversos bairros. A área afetada já foi evacuada, e as atividades náuticas da população foram restritas na região da Lagoa Mundaú, localizada no bairro do Mutange, na capital.
O Gabinete de Crise, estabelecido de forma emergencial pela prefeitura, notificou oficialmente os órgãos de controle e segurança sobre a iminência do desastre, incluindo os comandos da Marinha e do Exército.
Para enfrentar a situação, nove escolas foram preparadas com veículos-pipa, colchões, suprimentos alimentares, equipes de saúde, além de efetivos da Guarda Municipal e assistência social. Estas instalações estão prontas para receber até 5 mil pessoas vindas das áreas impactadas.
No Hospital Sanatório, 85 pacientes foram transferidos para unidades de saúde, incluindo o Hospital Universitário, que recebeu equipamentos para hemodiálise de 352 pessoas.
A Defesa Civil alertou sobre a intensificação dos tremores, agravando a situação na região já evacuada devido ao risco iminente de colapso em uma mina monitorada. A prefeitura recomendou que embarcações e a população evitem a área até nova atualização do órgão.
A exploração mineral subterrânea levou à evacuação de vários bairros em 2018, devido a rachaduras e tremores, resultando em mais de 55 mil pessoas deixando a região, que agora está totalmente desocupada.
A Braskem foi condenada por danos causados pela exploração de sal-gema, obrigando a retirada de cinco bairros em Maceió. O sal-gema é usado na indústria para produtos como cloro, ácido clorídrico, soda cáustica e bicarbonato de sódio.
A empresa informou que está monitorando a mina, isolou a área de serviço desde a última terça-feira e apoia a realocação emergencial dos moradores. A professora Lorena Martins, que deixou seu bairro em 2017, agora acompanha a apreensão de amigos nas áreas ameaçadas, descrevendo as dificuldades enfrentadas após a evacuação e expressando preocupação com a possibilidade de colapso em minas, afetando outras áreas.
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