Maceió declara situação de emergência devido ao perigo iminente de colapso em mina.

Vários bairros da capital alagoana correm risco de afundamento de solo
Defesa Civil da cidade informou que os últimos tremores se intensificaram e houve um agravamento do quadro na região já desocupada A administração municipal de Maceió (AL) anunciou um estado de emergência com duração de 180 dias devido à iminente ameaça de colapso em uma mina de extração de sal-gema operada pela Braskem. Esta situação representa um risco significativo de afundamento do solo em diversos bairros. A área afetada já foi evacuada, e as atividades náuticas da população foram restritas na região da Lagoa Mundaú, localizada no bairro do Mutange, na capital. O Gabinete de Crise, estabelecido de forma emergencial pela prefeitura, notificou oficialmente os órgãos de controle e segurança sobre a iminência do desastre, incluindo os comandos da Marinha e do Exército. Para enfrentar a situação, nove escolas foram preparadas com veículos-pipa, colchões, suprimentos alimentares, equipes de saúde, além de efetivos da Guarda Municipal e assistência social. Estas instalações estão prontas para receber até 5 mil pessoas vindas das áreas impactadas. No Hospital Sanatório, 85 pacientes foram transferidos para unidades de saúde, incluindo o Hospital Universitário, que recebeu equipamentos para hemodiálise de 352 pessoas. A Defesa Civil alertou sobre a intensificação dos tremores, agravando a situação na região já evacuada devido ao risco iminente de colapso em uma mina monitorada. A prefeitura recomendou que embarcações e a população evitem a área até nova atualização do órgão. A exploração mineral subterrânea levou à evacuação de vários bairros em 2018, devido a rachaduras e tremores, resultando em mais de 55 mil pessoas deixando a região, que agora está totalmente desocupada. A Braskem foi condenada por danos causados pela exploração de sal-gema, obrigando a retirada de cinco bairros em Maceió. O sal-gema é usado na indústria para produtos como cloro, ácido clorídrico, soda cáustica e bicarbonato de sódio. A empresa informou que está monitorando a mina, isolou a área de serviço desde a última terça-feira e apoia a realocação emergencial dos moradores. A professora Lorena Martins, que deixou seu bairro em 2017, agora acompanha a apreensão de amigos nas áreas ameaçadas, descrevendo as dificuldades enfrentadas após a evacuação e expressando preocupação com a possibilidade de colapso em minas, afetando outras áreas.

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