Defesa encontra inúmeras provas em favor de ex-assessor de Bolsonaro e Moraes é encurralado com novo pedido

A defesa de Filipe Martins apresentou um novo pedido de liberdade para o ex-assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, argumentando um “esvaziamento do motivo alegado para a prisão preventiva”. Os advogados destacam provas como bilhetes de passagem aérea, comprovantes de Uber, posicionamento do governo dos EUA e dados de geolocalização, que demonstram que Martins estava em Curitiba no dia 30 de dezembro de 2022, refutando a alegação do tenente-coronel Mauro Cid de que ele teria viajado com Bolsonaro aos EUA em uma tentativa de golpe de Estado. A petição ao ministro Alexandre de Moraes solicita a soltura imediata de Martins, fundamentada na irrefutável geolocalização e nas demais provas que desmentem o único motivo para a prisão preventiva. A defesa requer que, caso a soltura não seja determinada, sejam justificadas de forma fundamentada as razões pelas quais não são cabíveis outras medidas cautelares diversas da prisão, conforme o §6º do art. 282 do Código de Processo Penal. Os advogados também pediram que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o novo pedido, enfatizando que a geolocalização deve ser aceita como prova inconteste da ausência de Martins do território nacional, contrariando a afirmação de que ele estava em “lugar incerto”. A defesa argumenta que, se a geolocalização não for admitida como prova, o relatório da Polícia Federal que originou a Operação Tempus Veritatis, baseado em geolocalização e aceito pela PGR e pelo relator, deve ser integralmente anulado e invalidado. Este relatório foi usado como base para a prisão preventiva de Martins e a acusação de envolvimento em uma tentativa de golpe. O processo ainda reforça que a prisão preventiva deve ser uma medida de última instância, aplicável somente quando outras medidas cautelares não forem adequadas. Nesse contexto, a defesa de Martins insiste na revisão da medida cautelar imposta, levando em consideração as provas apresentadas e a ausência de justificativa sólida para a manutenção da prisão preventiva. A situação de Filipe Martins e as alegações de sua defesa trazem à tona questões sobre a utilização de provas de geolocalização e a necessidade de fundamentação adequada na aplicação de medidas cautelares, destacando a importância de um julgamento justo e fundamentado no devido processo legal.

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